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Como a tecnologia pode ajudar a evitar riscos no agronegócio

Sabemos que o agronegócio depende de vários fatores para sua máxima eficiência. Muitas das vezes, esses fatores não são controlados pelos seres humanos. A questão é que cada vez está mais precisa a antifragilidade do setor, já que hoje é possível se utilizar de tecnologia para a realização de previsões e provisões mais precisas, mantendo assim, a saúde produtiva, financeira e estratégica do agronegócio.

Riscos Gerais do Agronegócio brasileiro:

Existem vários tipos de riscos enfrentados pelo setor agrícola, incluindo:

  • Clima: As condições climáticas imprevisíveis, como secas, enchentes, tempestades e geadas, podem afetar negativamente a produção agrícola e reduzir a qualidade e a quantidade dos produtos agrícolas.
  • Preços voláteis: O setor agrícola é altamente afetado pelas flutuações dos preços dos alimentos, que podem ser causadas por mudanças nas condições climáticas, guerras, desastres naturais e outros fatores externos.
  • Doenças e pragas: As plantas cultivadas são vulneráveis a doenças e pragas, o que pode levar a perdas significativas na produção agrícola.
  • Instabilidade política: A instabilidade política em uma região pode afetar negativamente a produção agrícola, como mudanças nas leis de comércio, restrições de importação e exportação e outras interferências governamentais.
  • Falta de mão de obra: A falta de mão de obra qualificada pode afetar negativamente a produção agrícola e aumentar os custos.
  • Tecnologias obsoletas: O uso de tecnologias obsoletas pode levar a uma produção menos eficiente e a perdas financeiras.
  • Falta de financiamento: A falta de financiamento adequado pode impedir o investimento em tecnologias e práticas mais avançadas, o que pode levar a uma produção menos eficiente.

A ideia de controle contábil, fiscal, financeiro e estratégico para a blindagem do agronegócio

Muito se fala em blindagem ou proteção patrimonial para evitar riscos sucessórios, contábeis, fiscais e financeiros quando se trata de proprietários de áreas cultiváveis. Porém estes riscos podem ser, por vezes, mal informados ao produtor rural.

    Riscos Contábeis

Os riscos contábeis no setor agrícola incluem:

  1. Erros de contabilização: As empresas agrícolas podem cometer erros na contabilização de receitas, despesas, estoques e outros itens financeiros, o que pode afetar negativamente suas demonstrações financeiras.
  2. Fraude financeira: O setor agrícola está sujeito a fraudes financeiras, como a falsificação de documentos e a manipulação de informações financeiras.
  3. Inconsistências nas políticas contábeis: As empresas agrícolas podem ter políticas contábeis inconsistentes, o que pode levar a erros e dificuldades na comparação de seus resultados financeiros com outras empresas do setor.
  4. Dificuldades na estimativa de preços: As empresas agrícolas enfrentam dificuldades na estimativa dos preços dos insumos e dos produtos agrícolas, o que pode afetar negativamente suas demonstrações financeiras.
  5. Falta de transparência: A falta de transparência nas demonstrações financeiras pode dificultar a avaliação da situação financeira da empresa e a toma de decisões informadas.

    Riscos Fiscais

Os riscos fiscais no setor agrícola incluem:

  1. Mudanças nas leis fiscais: As leis fiscais podem mudar frequentemente, o que pode afetar as obrigações fiscais das empresas agrícolas e aumentar seus custos.
  2. Incerteza sobre obrigações fiscais futuras: As empresas agrícolas podem enfrentar incerteza sobre suas obrigações fiscais futuras, o que pode afetar negativamente sua estratégia financeira e orçamento.
  3. Risco de auditoria fiscal: As empresas agrícolas podem ser submetidas a auditorias fiscais, o que pode resultar em cobranças adicionais de impostos, multas e juros.
  4. Complexidade da regulamentação fiscal: A regulamentação fiscal do setor agrícola pode ser complexa, o que pode levar a erros e dificuldades na conformidade fiscal.

    Riscos Financeiros

Os riscos financeiros no setor agrícola incluem:

  1. Flutuações nos preços dos insumos e dos produtos agrícolas: As flutuações nos preços dos insumos, como fertilizantes, sementes e mão de obra, bem como nos preços dos produtos agrícolas, podem afetar negativamente a rentabilidade das empresas agrícolas.
  2. Volatilidade do mercado financeiro: A volatilidade do mercado financeiro pode afetar negativamente a disponibilidade de financiamento e as condições de crédito para as empresas agrícolas.
  3. Risco de inadimplência: As empresas agrícolas podem enfrentar risco de inadimplência de seus clientes, o que pode afetar negativamente sua situação financeira.
  4. Dependência de fontes de financiamento externo: As empresas agrícolas podem ser altamente dependentes de fontes externas de financiamento, como empréstimos bancários, o que aumenta seu risco financeiro.
  5. Risco de incêndios, inundações e outras condições climáticas adversas: As condições climáticas adversas, como incêndios, inundações e secas, podem afetar negativamente a produção agrícola e a situação financeira das empresas agrícolas.

Riscos Estratégicos

Os riscos estratégicos no setor agrícola incluem:

  1. Competição intensa: O setor agrícola pode ser altamente competitivo, com muitos players e uma pressão constante para manter preços baixos.
  2. Mudanças nas tendências de consumo: As tendências de consumo estão sempre mudando, o que pode afetar a demanda por certos produtos agrícolas e afetar negativamente a estratégia de produção das empresas agrícolas.
  3. Inovação tecnológica: A inovação tecnológica está mudando continuamente o setor agrícola, o que pode levar a mudanças na forma como as empresas operam e na competição entre elas.
  4. Concorrência internacional: A concorrência internacional pode ser intensa no setor agrícola, especialmente com países que possuem vantagens em termos de mão de obra, recursos naturais e regulamentação.
  5. Barreiras regulatórias: As barreiras regulatórias podem limitar a capacidade das empresas agrícolas de comercializar seus produtos em outros mercados e afetar sua estratégia de crescimento.

A utilização de tecnologia para evitar tais riscos

Visto que a tecnologia vem se atualizando diariamente, com novas formas de facilitar o controle e gestão de diferentes setores, é possível afirmar que o Agronegócio também pode se beneficiar de tais questões.

Nesse sentido, a utilização de tecnologia pode ser favorável para:

  1. Controle de gastos: Sistemas de contabilidade e gestão financeira podem ser utilizados para monitorar e controlar gastos, identificando possíveis riscos financeiros e garantindo a precisão da contabilidade.
  2. Conformidade fiscal: A utilização de software fiscal pode ajudar as empresas agrícolas a se manterem em conformidade com as leis fiscais, evitando penalidades ou multas.
  3. Relatórios financeiros precisos: Sistemas de contabilidade e gestão financeira podem gerar relatórios financeiros precisos e confiáveis, permitindo que as empresas tomem decisões informadas sobre seus negócios.
  4. Prevenção de fraudes: Sistemas de contabilidade e gestão financeira podem incluir ferramentas de detecção de fraudes para identificar atividades suspeitas e proteger a integridade dos registros financeiros.
  5. Melhoria da transparência: A utilização de tecnologia pode aumentar a transparência e a transparência dos processos financeiros, tornando mais fácil para as empresas agrícolas monitorarem sua saúde financeira e evitarem riscos contábeis.
  6. Automatização de processos fiscais: Sistemas de gestão fiscal podem automatizar processos fiscais, como a geração de declarações fiscais, garantindo a precisão dos dados e reduzindo o risco de erros.
  7. Controle de despesas: Sistemas de gestão fiscal podem ser utilizados para monitorar e controlar despesas, identificando possíveis deduções fiscais e garantindo a precisão dos registros.
  8. Melhoria da transparência: A utilização de tecnologia pode aumentar a transparência e a transparência dos processos fiscais, tornando mais fácil para as empresas agrícolas monitorarem sua situação fiscal e evitarem riscos fiscais.
  9. Atualização de regulamentos: Sistemas de gestão fiscal podem ser atualizados de acordo com as mudanças regulatórias, mantendo as empresas agrícolas atualizadas e em conformidade com as leis fiscais.

Softwares de Gestão

Hoje a gama de possibilidades é muito grande quando se trata de tecnologia. Para que o agricultor não precise adquirir diversas licenças de software para controles de diferentes áreas do agronegócio, criaram-se sistemas de gestão completos, unindo as questões produtivas às contábeis, fiscais, financeiras, estratégicas e produtivas.

Essa é a ideia, inclusive, do AgroCR, uma vez que o mesmo foi desenvolvido por um grupo de contadores, alinhado à desenvolvedores com técnicas voltadas ao agronegócio, e muito estudo de mercado.

Caso tenha ficado interessado em evitar riscos em sua propriedade rural, entre em contato com a nossa equipe que ela irá te ajudar a evitá-los.

A mudança de governo afeta ou influencia o agronegócio?

O Brasil enfrentará alguns desafios em 2023 para conseguir crescer a economia de modo sustentável e que traga bem-estar para a população. Embora o campo e os setores urbanos tenham os mesmos desafios, seja no custo de produção de alimentos, fibras e bioenergia continuarão altamente pressionados, mesmo com a estimativa de crescimento.

Deve ocorrer uma pressão inflacionária mais branda no mercado interno sobre o grupo de alimentos, o que favorece a produção, além de uma demanda mais firme das exportações brasileiras vistas por mercados mundiais como um porto seguro de oferta em escala.

Além disso, o resultado das exportações em 2022 vem oferecendo maior capacidade para os frigoríficos exportadores em pagar mais pela arroba do boi. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi recuou, ficando em R$ 293. Já em Dourados (MS), a cotação ficou em R$276. Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia em queda, ficando cotado a R$ 265. Simultaneamente, em Uberaba (MG), os preços subiram e as cotações ficaram em R$ 283. Em Goiânia (GO), os preços do boi despencaram tendo a arroba cotada em R$ 265.

Só que ao mesmo tempo que as exportações de gado tendem a aumentar, o atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse em 2022, que uma das propostas dele era discutir se o país vai continuar só exportando ou se vai deixar mais carne para o consumo dos brasileiros.

“O que eu quero é que vocês possam entrar no açougue e comprar carne. Por isso nós vamos ter que discutir o preço da carne nesse país. Nós vamos discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco pra nós comermos”, afirmou Lula em evento realizado em Taboão da Serra (SP).

Com base em dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), entidade que acompanha os movimentos do setor, e de outros organismos, como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), confira 5 cenários para 2023 no agronegócio, divulgados pela revista Forbes.

PIB BRASIL x PIB AGRO

Há muitas incertezas em relação ao desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) do país, com uma certeza: o PIB Agro continuará com peso decisivo nessa conta. O PIB Agro deverá crescer até 2,5% em 2023 em relação a 2022, quando a quebra de safra de soja e a alta de custos pressionaram os resultados do setor. A CNA sinaliza uma recuperação ante 2022, que deverá fechar com queda de 4,1%, depois de registrar recordes em 2020 e 2021. A estimativa de crescimento do PIB do Brasil em 2023 deve ficar em 0,75%.

VBP – VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

O VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) do Brasil para 2023 está estimado em R$ 1,256 trilhão que se, confirmado, será recorde, de acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). Se confirmado, o resultado representará uma alta de 6% ante o VBP deste ano, que foi afetado pela estiagem que atingiu a safra de grãos de verão 2021/22.

As lavouras devem responder por R$ 873 bilhões no valor bruto de 2023, aumento de 7,4% no comparativo anual com recuperação esperada principalmente na soja. Na pecuária, após uma queda de 1,6% prevista para o valor bruto de 2022, a estimativa é de R$ 383,6 bilhões em 2023, um aumento de 3%.

INFLAÇÃO MENOR PARA OS ALIMENTOS

Para 2023 é esperada a desaceleração dos preços do grupo dos alimentos que compõem o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), em razão da previsão de safra recorde de grãos no Brasil, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), e da queda esperada nos preços médios das commodities agrícolas que, segundo estimativas do Banco Mundial, devem cair 4,5% em 2023 ante o crescimento de 13,4% em 2022.

GRÃOS ACIMA DE 300 MILHÕES DE TONELADAS

A estimativa para a safra 2022/23,que termina em junho de 2023, indica uma produção de 312,2 milhões de toneladas, 15% ou 40,8 milhões de toneladas acima da safra 2021/22. Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do comportamento climático, que deverá definir a produtividade.

Os números constam no terceiro levantamento da safra de grãos, apresentado no início deste mês. Com a área total de plantio estimada em 77 milhões de hectares, a agricultura mantém a tendência de crescimento observada nos últimos anos, também com previsão de recorde. O resultado equivale a um crescimento de 3,3% ou de 2,49 milhões hectares sobre a área da safra 2021/22.

No caso da soja, a principal cultura, a estimativa para a área de plantio, é crescer 4,6%, chegando a 43,4 milhões de hectares. A estimativa da Conab leva em conta 26 culturas anuais, como milho, feijão, arroz, algodão, trigo, entre outras.

PRODUÇÃO MAIOR DE PROTEÍNA ANIMAL

O cenário é incerto quanto ao consumo de proteínas no Brasil em 2023. No leite, há sinais de uma maior produção e a intensidade da recuperação da produção dependerá da evolução do consumo doméstico. Na pecuária de corte, a expectativa é de aumento na oferta de animais para abate e, consequentemente, maior produção de carne bovina em 2023.

Com relação ao mercado internacional, os destaques para os embarques devem continuar sendo a China e os Estados Unidos. Na suinocultura, a previsão é de incremento na produção nacional, porém em um ritmo mais lento em relação aos anos anteriores, devido aos descartes de matrizes verificados em 2022. Nas exportações, o cenário é positivo para os embarques, em especial para a Ásia (China, Filipinas, Japão, Tailândia, entre outros).

Para a carne de frango, a expectativa é de aumento de 4,3% nas importações mundiais em 2023, na comparação anual, sendo que o Brasil deve aumentar em 3,7% os embarques no período (USDA). Na tilapicultura, o cenário é de crescimento da produção, com estimativa de 6% na produção. O Brasil começa a fazer para essa proteína nome no mercado internacional. Em 2022 foram exportadas cerca de 7 mil toneladas do peixe.

CONCLUSÃO

Um dos maiores rebanhos comerciais de gado bovino pertence ao Brasil. Segundo a Farmnews, ao todo são 226 milhões de cabeças, ficando atrás apenas da Índia com 303 milhões de cabeças. Somos também o maior exportador de carne bovina do mundo, mesmo com o nosso consumo interno sobressaindo a exportação: cerca de 80% da nossa produção fica em casa. Entretanto, a produção em larga escala não significa estabilidade de valor. Tanto se tratando do gado vivo como em forma de produto final (carne), o valor da produção pecuária está sujeito a uma série de fatores.

Quando falamos do gado vivo, fatores transitam entre peso, raça, finalidade de produção e classe. Quando falamos do produto final, seu valor irá oscilar de acordo com o corte escolhido, a qualidade da carne, o contexto econômico e até mesmo o ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadoria e Serviços) sobre o alimento.

Será mesmo que vale a pena essa proposta do atual Presidente da República?

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