A agricultura no Brasil está se tornando cada vez mais automatizada, deixando o setor mais eficiente e lucrativo para os agricultores. O grande avanço tecnológico dos últimos anos foi o principal responsável por essa automatização. A tecnologia que mais vem se popularizando no campo, é o uso de drones agrícolas.

A sofisticação e a acessibilidade dos drones aumentou nos últimos anos, fazendo com que eles se tornassem peças fundamentais para a agricultura de precisão. Chamados também de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT’s), esses equipamentos são capazes de realizar diversas tarefas, permitindo que a tomada de decisão em relação ao manejo seja mais acertada.

Os dados obtidos por eles podem ser gerenciados com mais exatidão, otimizando o trabalho e minimizando os custos para o produtor rural. O uso de drones agrícolas para aplicação de agroquímicos, fertilizantes, adjuvantes, entre outros, foi regulamento em 2021 pela Portaria nº 298.

No texto abaixo vamos explicar tudo o que você precisa saber para começar a utilizar os drones agrícolas em suas plantações.

Para deixar a leitura um pouco mais fácil, separamos por tópicos tudo o que vamos explorar dentro dos drones agrícolas:

  • Qual é a função dos drones na agricultura?
  • O que a Lei diz sobre isso?
  • Quantos hectares Um drone agrícola faz por dia?
  • Quais as vantagens e desvantagens do drone na agricultura?
  • Qual o valor de um drone agrícola?
  • Conclusão

QUAL É A FUNÇÃO DOS DRONES NA AGRICULTURA?

A partir do mapeamento aéreo, os drones melhoram a eficiência da aplicação de insumos para fertilizar o solo e controlar pragas e doenças nas lavouras, já que as ARPs permitem a pulverização com precisão e economia.

Os pulverizadores agrícolas aéreos superam obstáculos de terrenos acidentados, além de diminuir o amassamento e exposição dos aplicadores, com um custo bem menor do que os das aeronaves maiores.

Os VANT’s ainda ajudam na segurança da propriedade rural, permitindo identificar animais invasores ou humanos criminosos, bem como cercas derrubadas e focos de incêndio.

Outra função interessante nos drones é na área da pecuária, onde além de contar os animais, os drones conseguem tocar a boiada sozinhos ou ajudar um “peão”, aumentando a capacidade de manejo do gado, facilitando assim em propriedades maiores e de relevo acidentado, como montanhas e áreas alagadiças.

As imagens aéreas produzidas pelos drones, aliadas aos dados de sensores espalhados pela fazenda, podem ajudar o agricultor a tomar decisões com antecedência, aproveitando as oportunidades de mercado.

O uso de VANT’s permite também que a propriedade seja mais sustentável, produzindo mais com menos recursos. Os drones possibilitam uma menor pulverização de insumos, reduzindo os riscos de contaminação do solo, água, animais e vegetais.

O QUE A LEI DIZ SOBRE ISSO?

Como já foi falado no começo do texto, o uso de drones agrícolas para aplicação de agroquímicos, fertilizantes, adjuvantes, entre outros, foi regulamento em 2021 pela Portaria nº 298.

Essa lei estabelece regras para a operação de aeronaves remotamente pilotadas destinadas à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.

Art. 1º – Ficam estabelecidas as regras para operação de aeronaves remotamente pilotadas – ARP’s destinadas à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.

Art. 2º – Para efeitos desta Portaria, considera-se:

  • III – curso para aplicação aeroagrícola remota – CAAR: curso homologado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e oferecido por entidade de ensino registrada no MAPA, destinado a formação de aplicadores aeroagrícolas remotos;
  • IV – aplicador aeroagrícola remoto: profissional maior de 18 anos de idade, aprovado em CAAR, que acompanha e auxilia o piloto nas operações aeroagrícolas destinadas a aplicação dos produtos indicados no caput do art. 1º;
  • V – operador de ARP: pessoa física ou jurídica, agricultor ou empresa rural, cooperativa, consórcio de produtores rurais, empresa prestadora de serviço e órgão governamental, tanto proprietário quanto arrendatário de ARP, que pretenda efetuar operações aeroagrícolas com aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes:

Art. 3º – Os operadores de ARP deverão possuir registro junto ao MAPA, através de requerimento no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários – SIPEAGRO.

Essas são algumas das regras que entraram em vigor juntamente com a Portaria nº 298.

QUANTOS HECTARES UM DRONE AGRÍCOLA FAZ POR DIA?

Um único equipamento é capaz de cobrir 12 hectares em uma hora de trabalho, produção semelhante à de um pulverizador tratorizado de arrasto com tanque de 600 litros.

Além de economia de água para a cobertura da área, há também melhoria na eficácia da pulverização de até 30% mais que a dos tratorizados de arrasto.

QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO DRONE NA AGRICULTURA?

Vantagens:

As principais vantagens desse tipo de equipamento no campo são sua capacidade de capturar imagens de alta qualidade e de monitorar diversos aspectos da fazenda. O drone agrícola é capaz ainda de aplicar diferentes insumos, gerar dados que facilitam a tomada de decisão, entre outras funções.

A utilização do drone com câmeras e sensores de última geração permite um acompanhamento cotidiano mais preciso de uma área muito maior, em comparação se for monitorada pelo humano em solo.

Muitos dados são coletados sobre a plantação, dependendo dos sensores que o drone utilizado possui. O sensoriamento remoto, com ajuda de softwares, ou seja, programas de computador, faz o tratamento, armazenamento e análise de dados coletados para entender fenômenos ocorridos na plantação.

Os VANT’s também vão conseguir ajudar no controle de pragas, além do mapeamento agrícola e hídrico, contribuindo na administração e produtividade da plantação.

Desvantagens:

A principal desvantagem para no uso de drones é que ele depende do clima para ser operado. Voar com chuva ou fortes ventos não é possível. Muitos dos equipamentos também dependem de internet, por isso é sempre bom verificar essa informação quando for adquirir o produto.

O que algumas pessoas já devem imaginar é que há problemas com pássaros, onde os drone podem ser atingidos por aves que estão voando no céu ou até mesmo ser atacado por grandes aves caçadoras, que confundem o drone com outros pássaros.

Os drones mais baratos são famosos por seus curtos tempos de voo e representam muitas frustrações para os produtores. Embora seja fácil aprender a pilotar um drone, fazer com maestria requer um mínimo de habilidade e conhecimento técnico.

QUAL O VALOR DE UM DRONE AGRÍCOLA?

Como existem diferentes tipos de drones (asa fixa, asa rotativa, para imagem, para pulverização, com ou sem câmera, movido a combustão ou a bateria), o valor de um drone pode mudar drasticamente no mercado especializado.

Os drones para monitoramento e controle do campo através de imagens, possuem valores que variam de R$ 2 mil até R$ 50 mil, enquanto um drone pulverizador pode custar de R$ 70 mil até mais de R$ 200 mil, a depender da capacidade de transporte dos líquidos e da sua robustez.

CONCLUSÃO

Os drones agrícolas vieram para facilitar a vida do produtor rural assim como o sistema do AgroCR. Estudos mostram que é muito mais prático, eficiente e lucrativo, quando se automatiza uma fazenda. Fazendo também com que não aconteça erros humanos na hora de contabilizar tudo o que está precisando dentro da plantação ou criação de gado.

Certamente os drones vieram para promover uma grande mudança na forma de trabalhar com o agronegócio. Os VANT’s estão se tornando uma ferramenta insubstituível e essencial.

De qualquer forma, drone agrícolas variam (e muito) de preço, podendo ultrapassar a casa dos R$ 300 mil em alguns modelos. Então pense bem e calcule todos os seus custos antes de começar a automatizar sua fazenda.